terça-feira, 3 de julho de 2012

O que candidatos a prefeito vão dizer para ter seu voto?

 

Moradia, emprego, saúde, educação. De quatro em quatro anos, toda vez que se abre vaga para a Prefeitura de Marabá, os temas que encabeçam a lista de promessas dos candidatos são praticamente os mesmos. Mas apesar do feijão com arroz de costume, há sempre um “tempero” especial para dar sabor à disputa. Em 2012, no momento em que Marabá se prepara para receber grandes empreendimentos, o CORREIO DO TOCANTINS levanta que tipo de discurso dominará a campanha rumo à Prefeitura de Marabá.

O atual gestor municipal, Maurino Magalhães, é candidato a prefeito por seu partido, o PR. Sabendo que está atrás nas pesquisas divulgadas (e até mesmo aquelas ditas de consumo), ele deverá focar a propaganda de sua administração em duas grandes obras do governo federal no município: a duplicação da rodovia Transamazônica e a construção de 2.500 casas populares pela Caixa.

Na educação, o grande trunfo do prefeito atual será propagandear que reformulou o PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) do Magistério, que deu aos servidores mais de 30% de reajuste apenas em 2011.

Maurino deverá taxar seu principal adversário, Tião Miranda, como o “anti-popular”, colocando-o na disputa como alguém pouco interessado em olhar para os pobres.
Estando atualmente no segundo mandato como deputado estadual pelo PPS, João Salame chega à sua segundo campanha eleitoral para a Prefeitura em Marabá sendo o único candidato sem experiência de gestão pública, mas se apresentando como oposição às administrações de Sebastião Miranda e de Maurino.

Ele sabe que precisa subir nas pesquisas para passar do ex-prefeito Sebastião Miranda, que havia lhe indicado como candidato em 2008, mas não conseguiu vencer Maurino nas urnas. Como não tem obras para mostrar, o jornalista João Salame deverá meter o dedo na ferida administrativa de Maurino e Tião, além de mostrar suas propostas para desenvolver um governo mais organizado que Maurino e mais democrático que Tião.

Sobre este último, tanto Salame quanto Maurino certamente tentarão demonizá-lo, acusando-o de “traidor” em relação à campanha para emancipação de Carajás. Eles argumentarão que Tião preferiu omitir-se da luta por Carajás a pedido do governador Simão Jatene. Sabendo que será metralhado neste aspecto, Tião, através da equipe de marketing que prepara sua campanha, já está reúne argumentos e imagens que provem o contrário. Resta saber se essa imagem de “inimigo do povo” da região, como querem colar em Tião, será internalizada pelo povão, quem realmente faz a diferença nas urnas.

Em relação ao governador Simão Jatene, ele será um dos mais fortes cabos eleitorais de Tião nesta campanha pela volta à Prefeitura de Marabá. Salame, por sua vez, terá o apoio de outro grande político do Estado, o senador Jader Barbalho, do PMDB, que abdicou do nome de Ítalo Ipojucan em favor do candidato do PPS.

Com menos de meio minuto na TV, o candidato do PSOL, Manoel da Cosanpa, deverá apresentar propostas mais utópicas para diferenciar-se de seus concorrentes. Suas chances para chegar à Prefeitura são mínimas, mas o importante para o partido será a exposição na mídia, mesmo que pequena.

Quem quiser ganhar a eleição terá de ter na ponta da língua o discurso voltado aos projetos sociais, ao controle da máquina pública e a um plano de obras arrojado. O município está numa onda de crescimento econômico, mas a sustentação disso depende de infraestrutura para alavancar o desenvolvimento da indústria. (Ulisses Pompeu)

FONTE: www.ctonline.com.br




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