quinta-feira, 1 de março de 2012

Muito prazer, meu nome é otário.

Não é de hoje que a prestação de serviços em Marabá tem decepcionado a população. Pagamos horrores de impostos, vivemos presos em nossas casas, o atendimento hospital é de qualidade duvidosa, as ruas - sejam elas asfaltadas ou não - estão todas esburacadas. O comércio está repleto de funcionários amadores, sem noção do que seria um bom atendimento. E para exemplificar a situação dos serviços em nossa cidade, descrevo a seguir algumas situações que não deveriam ocorrer com os cidadãos marabaenses.

Em 2009 minha mulher foi furtada em Goiânia, os larápios levaram todos os seus documentos pessoais. Registramos ocorrência imediatamente. Ao retornar a Marabá, procuramos o DETRAN para requer segunda via de usa CNH.Surpresa! O atendente informou que aquele órgão na aceitava boletim de ocorrências de outro estado. Após cinco viagens à delegacia conseguimos registrar a bendita ocorrência nos moldes que o DETRAN aceitava.

Em 2010, numa noite em que faltou energia, por volta de 20h, minha mulher torceu o tornozelo. Era uma da manhã, ela não suportava tanta dor. A levei até o HOSPITAL MUNICIPAL , e o distinto servidor que deveria operar a máquina de RAIO-X estava debruçado sobre uma mesa quando me apresentei. Ele apenas levantou a cabeça e disse que eu voltasse no outro dia, pois a máquina estava quebrada. Tentei alongar a conversa, ele me cortou perguntando se aquela era hora de alguém torcer o tornozelo. Pode?!?!

Quando eu utilizava telefone fixo da OI cheguei a pagar uma conta de R$ 10,00 para o SRY LANKA. Como pode? Se nem ao menos sei como se diz “bom dia” em cingalês!

Nos bancos, esforço-me para não lembrar da famosa lei do atendimento em 30 minutos, para tentar minimizar a impaciência por não ter meu direito respeitado. Em 2011, recordo ter ficado de 13:05h até 17:37h no BANCO DO BRASIL da Folha 32 para descontar um cheque.

Dia desses cheguei na lanchonete do supermercado Valor no bairro laranjeiras, havia duas funcionárias e pedi um suco de laranja. Uma das moças não me deu a mínima e a outra disse que no momento estava ocupada e não poderia me atender. Detalhe, eu era o único cliente ao pé do balcão.

Os boletos para pagamento de contas que deveriam ser entregues antes da data de vencimento só chegam , no mínimo, uma semana depois.

 A rua onde eu moro tem mais de 30 anos e hoje ela está assim:
Trecho da rua kalil Mutran - Laranjeiras

Pago uma “porrada” no licenciamento anual do meu carro e não posso estacioná-lo na praça por que a vaga está ocupada. E quando consigo ainda tenho que pagar o FLANELINHA, o “legítimo dono” da vaga.
Carrinho de vendedor no estacionamento da Praça São Francisco - Cidade nova

Outro dia no supermercado Apache da Liberdade, fui comprar umas cervejas, a moça do caixa perguntou se era “à vista no dinheiro” ou se era “à vista no cartão de débito”. Na minha cabeça dá no mesmo, mas o supermercado não entende assim. Cobra mais caro se você passar o cartão. Está errado. O custo dessa operação não pode ser pago pelo consumidor. Está no código de defesa do consumidor.

Experimente financiar um carro. Todos os bancos irão lhe cobrar a taxa de abertura de crédito (TAC). Quando você comenta com o vendedor que essa taxa é ilegal, logo ele diz ser “norma do banco”. E fica por isso mesmo.

Pago todo mês, 120 reais por um plano de internet da VIVO e quase todos os dias  fico sem conexão. E se eu tentar algum desconto pela não-prestação do serviço, certamente terei uma tremenda dor de cabeça.


 Sobre a gestão do nosso prefeito “trabalhador” Maurino  Magalhães vou nem falar. Todo mundo está vendo o quanto a cidade está limpa e organizada. Sinto-me honrado em morar numa cidade administrada por um enviado de Deus. Aliás, fiquei sabendo que Deus dá as caras por essas bandas toda semana. O TODO-PODEROSO se reúne toda segunda e terça com o nosso digníssimo gestor!


Mas tudo bem. O mais importante em tudo isso é que apesar dos pesares “[...] é aqui que eu amo, é aqui que eu quero ficar, pois não há lugar melhor que Marabá”!



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